Esta minha filha é mesmo a cara do pai. Sim, Jerry Lewis, que ela homenageia abaixo. Foi com ele, sim. O problema é que nós dois somos tão trapalhões que tropeçamos na casa inteira, quebramos vasos da dinastia Kóvak e tivemos que fugir batidos, sem trocar telefones. Ficou esta lembrança de um romance clumsy. A filha palhaça de dois palhaços.
Recomendo a leitura dos comentários deste blog. Edgard Westwind continua nos enriquecendo com seu tesouro de informações preciosas. E Guilherme não é de Serpa, mas Scarpa. Perdão! Dislexia de uma imbecyber. Mas é que eu achei que ele tinha a fidalguia de uma Julieta de Serpa, em seus comentários igualmente oportunos e corteses. Porém, Scarpa lembra os escarpins do Chiquinho, e é, do mesmo modo, muito chique. Além do quê, tanto Westwind quanto Guilherme são produto de nossa Londres, nossa Mikonos, nossa Nictheroy sur mere. Mas parei aqui com o intuito de dizer exatamente o que Mary disse antes: eu também não consigo fazer mais nada, além de ver Sarah Silverman. Esta judia de New Hampshire, que, como eu, toma antidepressivos, tem o humor mais corrosivo da cultura norte-americana contemporânea. Sarah demole o politacally correct e não deixa pedra sobre pedra desta censura vernacular disfarçada. Fala mal de todas as minorias, inclusive da que ela pertence. Já foi até caricaturada com bigodinho de Hitler, mas ela é apenas uma iconoclasta, que vive num país em que o humor desapareceu, em virtude, virtude! bah!, da patrulha do politicamente correto. Sarah ataca tudo isto, depois que Howard Stern fez uma cirurgia plástica e virou um fascista sem graça. Sarah encarna apenas a menina má. E eu me identifico muito também com ela, porque sinto pela humanidade, maiorias e minorias, ódio semelhante. Não sei se isto é efeito dos antidepressivos, mas o fato é que só posso apoiar a atitude de Sarah, porque ela nada mais faz do que desmascarar a hipocrisia grassante. Então, a Mary me aplicou de Sarah ontem e eu fiquei Sarah cotiando o dia inteiro no youtube, e madrugada adentro idem. Em tempo: ela é muito bonita e elegante. Isto ajuda bastante, porque às vezes descamba pra grosseiria, mas a gente perdoa tudo naquela sua silhueta de Oona O`Neil. Canta pra chuchu também. Aproveito o Pessach, pra transcrever uma gag by Silverman: ela diz que não entende como os judeus podem dirigir carros alemães. Lembra que a Mercedes, a Porsche e a Volkswagen foram indústrias deslanchadas com o apoio dos nazistas. E os judeus são os principais compradores destes carros. Diz que se surpreende mais ainda com os alemães, que mataram seis bilhões de seus principais consumidores. "if they had talked to a jew before, he would say: don´t do it, it´s bad for the business." Porém, querida Sarah, você é a prova definitiva de que os alemães dizimaram grande parte de seu povo, mas não conseguiram exterminar seu humor, que, na minha opinião, continua a ser o melhor do mundo. So happy passover, Jewish readers! Que o mar vermelho da platitude abra alas pra o seu sense of humor passar ontem, hoje e sempre. Amen!
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário