quinta-feira, 1 de maio de 2008

Abalo sís...mico

Hoje é aniversário de minha cyber filha adorada e eu gostaria de lavrar aqui algumas palavras de júbilo por efeméride nada efêmera. Não posso revelar quantos aninhos esta moça que tem a aparência de eterna adolescente, com cabeça, entretanto, de mulherão, ostenta! Não vou dizer muito, por ora, porque je suis tres tres fatiguée, depois de uma temporada animadíssima na Paulicéia, em que, o pudor da modéstia que me perdoe, abalei literalmente as estruturas. Curiosamente, hoje é também o lançamento de um CD, que leva o título de uma letra de minha autoria "Abalo sísmico." Glauco lourenço assina a música e é o titular da bolacha, que vai sacudir as Casas Casadas de Laranjeiras, às vinte horas. Esperemos que as Casadas não se separem com o fenômeno. Da última vez em que estive em SP, já contei em outra publicação, um poste desabou na Rua Cardeal Arcoverde, onde eu me apresentei com Zeca Baleiro, e o quarteirão inteiro ficou sem luz. Fui igualmente responsabilizada pela catástrofe. Por falar em catástrofe, este é o título de uma outra letra de minha autoria, musicada por Suely Mesquita. Quando a lancei em meu CD, ocorreu a famosa tsunami. A canção começa com os versos "que um tornado de arraste, que um maremoto te dizime, que um tufão te devaste, que um terremoto te reduza a escombros...darei de ombros..." O curioso foi que escrevi esta letra num bar de New Orleans, no ano de 1995. Acham que eu estava a fim de me vingar de alguém, mas eu estava apenas ouvindo o weather report e imaginando que um dia aquele lugar ia dançar. E dançou mesmo, infelizmente, com o furacão Katrina, que, por sinal, é uma cantora de lá, que gravou um CD só com canções minhas, produzido por Paulo Fortes. A despeito de o filme "O bebê de Rosemary" sustentar que a besta 666 nasceu no dia 28 de junho, data de meu nascimento e o de Raul Seixas, é uma infâmia eu ser responsabilizada por tais desastres. Não fui eu que inventei o global warming. Bem verdade que previ também a queda das torres gêmeas, em setembro de 1999, quando estive, pela última vez, em NY. E sonhei com pessoas se atirando de um prédio em Wall Street, e ouvi a palavra "crash". Pensei que seria um novo crash da bolsa e corri ao local com meus amigos e tiramos várias fotos ali, comigo apontando pro prédio. Fora outra que tirei na companhia de Ana Pinta, com as twin towers ao fundo e nossos polegares pra baixo. Também escrevi, anos antes, uma canção em NY, que se intitulava "Ninguém está seguro ou Benjamim Constant" e que arrolava uma série de fatos que foram se confirmando com o tempo. Mas eu nunca atribuí nada disto a um poder do outro mundo. Eu leio, absorvo informações e meu inconsciente tira suas conclusões. Não sou vidente. Sou, como diz meu amigo Carlos Calado, uma visionária míope. Lembro-me de que escrevi, para a revista Casseta Popular, ou Porrada, não me lembro mais, uma HQ, com César Lobo, depois também de uma ida nossa a NY, em 1986. Todas as pessoas a quem homenageamos na história foram morrendo, uma a uma, sucessivamente. Portanto, eu acho melhor que me tratem bem, porque, ainda que Raul, nascido no dia 28, cuja soma é seis, do seis, de 1946, tenha dito que nós que nascemos nesta data somos os profetas do Apocalipse, eu prefiro pensar que sou apenas uma repórter do tempo e dos tempos. Porém, não me responsabilizo pela manifestação involuntária de meus poderes. Eu amo São Paulo, Nova York e Nova Orleans e jamais desejei que nada de ruim acontece nestes que são meus lugares favoritos neste mundo. Talvez algum engraçadinho tenha acreditado mesmo nesta baboseira e eu seja o alvo...Seja como for, como vocês podem notar, ainda não acertaram. Isto significa que quem fica perto de mim não é atingido. Mas quem me sacaneia...bom, se vocês olharem para a cara de uma certa cantora do showbiz, verão o que acontece. Não sou de rogar pragas. Mas já percebi que pessoas que tentam me atingir acabam fulminadas por alguma desgraça. Sei lá eu por quê. Também "prevejo" coisas boas e este poder de destruição é inversamente proporcional quando se trata de meus queridinhos. Meus amigos verdadeiros estão cada vez mais prósperos, bem-casados, felizes. E eu acho que, se sou bruxa desta Idade Mídia, daprès Millôr, ou besta, ou metida a besta, ou profeta do Apocalipse, quero crer que seja também fada, foda, bela, profeta do Renascimento.

E prevejo que Mary Fê, ou Marie Feau, vai incendiar, com fogo brando e constante, os corações do mundo. Porque a água ferve bem assim: aos poucos. E, quando eferevesce, borbulha e soa, como um fenômeno da Natureza.

Feliz anivesário, Filha. Se sua mothern é anjo do inferno, tenha certeza de que você é anjo dos céus. E o que minha iconoclastia demole hoje, amanhã, será refeito, muito melhor por você e sua geração de querubins, que quero bem e, se assim desejo, assim o será. Amém!

Mathilda Nostradamus pra Deus e todo mundo...

7 comentários:

Renan Sanves disse...

Mathilda........
Que saudade de suas poderosas linhas...
Fiquei curioso pra ouvir ou ler a letra da música que vc citou.
E volto a sugerir que de vez em quando vc coloque alguma letra inédita aqui, para que seus leitores se deliciem cada vez mais com seu talento.
E quanto ao seus poderes, estou realmente surpreso e pq não ddizer, assustaddo. Já havia dito pra Kali C. que vc me dá medo....rsrsrsrsrsrssrs
ela disse que escreveria uma letra baseada nisso.
Então, quero estar sempre próximo de vc, mesmo que seja virtualmente. Quem sabe um dia eu vá até Niterói conhecer essa turma que saiu do ovo...
E quero que vc seja minha madrinha musical e literária!
Beijo na tesa

Servio Tulio disse...

Fê! Viel Glück zum Geburtstag!!!!!
Math! Bem vinda de vorta!!!!!

Anônimo disse...

Estes seus versos do título Catástrofe me faz lembrar uma conversa qu’eu tive com um “eu-zombateiro” sobre a arbitrariedade da Natureza, em que ele me dizia assim: - Mas, diga-me, ó criatura sem teogonia, o que preferes: uma vida de extrema passividade ou uma artística morte agitada?! Nem permitiria trair a si própria, deixando-se morrer pela mão do Homem. Por mim, ainda prefiro o prevalecimento do meu conto-não-concretizado : o jovem criminoso-vítima que se entrega a “fúria-mansa” potência da Natureza.
Felicidades p’ra sua filha, p’ra ambas. E que não importa mesmo quantos anos ela tenha feito, já que o tempo é uma criação da humanidade, não mesmo?
E, quando possível, lance alguma palavra, alguma caosita neste meu espaço que carece de agitação.
Abraço,
Magna.

Guilherme Scarpa disse...

Mathilda,
Espero morrer seu amigo! hahahahaha
:)
Confio plenamente nos poderes do incosciente. Eles transcendem!
Beijos

orlando pinho disse...

rodei rodei por aí até encontrá-la
em "casa".
fui ao cronópios lí a alma imoral aquí estou.
pularei de lá pra cá, acompanha-la-eionde virtualmente possivel ouve-la.
salve! nostradamica kovak
beijabraço,
orlando.
posso trança-la ao totex ?

Cynthia Dorneles disse...

Querida, to aqui há horas e horas procurando um lugar onde a letra da Catástrofe esteja.

Você sabia que só tem clipe´? Pois. Só tem clip. E eu quero a letraaaaaa delaaaaa cacilda becker!!

Aproveite e vá, quando abrir isso logicamente, lá no blog, o http://lucidolimpidoproparoxitono.blogspot.com/

beijos muitos
Cynthia Dorneles

Cynthia Dorneles disse...

ovdldwQuerida, to há horas procurando a letra da Catástrofe, só tem clipe...~Puxa, lembra de levar cd pra vender da próxima vez :(

E aproveita e vá, quando puder, no meu blog: http://lucidolimpidoproparoxitono.blogspot.com/
beijos