quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Mãe, só tem uma!




Houve um tempo em q eu colecionava mães a torto e a direito, tinha uma para cada ocasião. Tornava as mulheres à minha volta minhas mães e elas me acolhiam como filha postiça. Não era um esforço consciente meu nem delas, era uma contingência emocional. Eu era a filha para quem quisesse adotar.

E eu escolhia mães, como quem adota cachorrinhos da vitrine. Tive uma mãe biológica, uma mãe na faculdade, uma mãe no teatro, uma mãe irmã, todas ao mesmo tempo. No quesito pais, parei na consanguinidade mesmo, já tenho 2 e tá ótimo.

Até que, feito Jeannie, um dia assisti o parto de minha mãe cósmica - não era a Baby Consuelo, nem a mãe Terra....

Mothern mother, vi a senhora se apresentar, num palco, lendo sua própria letra, mas sendo a única que sabia o q tinha ido fazer ali. Foi um lindo parto. E eu olhei pra vc na vitrine e falei: quero aquela ali! Podemos levar pra casa?

O conto de fada é bonito, e se olhar praquele dia na minha "mamória", foi quase assim. Nem precisei florear. Como toda carochice que se preze, o encontro tardou. Só fomos nos encontrar semanas depois, na festa bolsa nova q vc me convidou. Não lembro com que roupa fui. Lembro q levei meus pedais mágicos e q revelamos nossas músicas, elas tinham o mesmo DNArt. Vindo de algum lugar invisível q compartilhamos qdo mergulhamos nos jardins do pensamento.

Agora, o toalete e a zona nos lavam e lavram. Você atura meu bafo(n) e meu bode. Muito obrigada, por desobrigação de mãe.

Hoje, qdo vc me pergunta qtas conchas de sopa de couve tem no meu prato, eu respondo: Mãe, só tem uma!!!!

Bom dia, mom. O amor e o vapor nos unem.

Obrigada por deixar eu trazer minhas amigas pra brincar. Obrigada por deixar eu tocar guitarra de madrugada e obrigada por deixar eu não escovar os dentes todos os dias.



PS: Juno me emocionou, porque, todo mundo sabe que família a gente não escolhe: acontece!

Bjs, sua acontecida filha, de idade reprimida (oposto de avançada)!

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