segunda-feira, 31 de março de 2008

EMO diálise

Li agora o texto da Mary e vi o vídeo. Os EMOs não passam de darks com jogging. E os darks, por sua vez, eram os góticos, da era pós-punk, também conhecida como New Wave. Naquela época, havia muitas tribos urbanas: punks; pós-punks; new-romantic; darks; carecas - skinheads...e elas brigavam entre see (sic). Eu era psicodélica, pós-pop, como o Prince, guardando as devidas proporções. Mas não pertencia a nenhuma escola. Era, talvez, neo-dadaísta, como o pop se definia. Dizia que fazia um som pós-operatório, inspirado na perereca da vizinha. Nunca pertenci a nenhuma tribo. Mas sempre transitei por todas elas, com desembaraço. Agora, entretanto, nem isto. Acho muito legal todo esse revival, ainda que de jogging. Ao menos, os jovens estão mobilizados por alguma coisa, depois de quase duas décadas de caretice, yuppismo, mauricice...E acho mais bacana ainda o fato de ser conhecida de alguns desses grupos. Mary diz que as tribos dos oitenta têm sabor de infância pra geração dela. Neste caso, acho que Nina Hagen foi a Fada Sininho desses meninos. Emo, homo, whatever...qualquer coisa é melhor que baile funk. Eu não suporto hip hop. E funk pra mim ainda é o psicodélico do Funkadelic, de George Clinton. E a Mary pode ostentar alguns signos de sua geração, mas não a vejo inserida em nenhuma taba esteriotipada. Quem nasce independente não perde a pose. Eu sou clássica, como uma pizza de muzzarella. E minha Biba filha é classuda, como Audrey Hepburn.

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